Mont Batur - um imperdível nascer do sol
Prepara-te para acordar cedo (ou
nem dormir). Depende naturalmente de onde estás hospedado mas o maior tarde às
2h da manhã tens de estar a caminho do Monte. Antes de subir, um reforço de café
balinês, uns biscoitos caseiros, ou uma fruta local são os teus melhores
amigos. Não penses em não comer. São 2h da madrugada mas há um “vulcão” para
subir.
A subida começa por uma floresta,
o caminho é fácil e pouco arenoso. Há 5km de distância entre ti e o cume. Não
contes com menos de uma hora e meia a subir, sendo que o normal é realizares a
subida com algumas paragens e isso levar-te-á para perto das duas horas . O
nascer do sol está logo ali, perto das 6h00. Força!
As várias empresas que organizam
o tour vão certificar-se de tudo. Vão buscar-te ao Hotel, providenciam a
alimentação prévia, as garrafas de água, tratam das lanternas, do stick e do
teu pequeno-almoço lá no topo.
Todos os grupos devem ter dois guias, um na dianteira e um na retaguarda
para se certificarem que todos estão vigiados e em segurança. O terreno é escorregadio e a viagem
é feita toda de noite pelo que aconselhamos a que procedas com cuidado. Embora
os guias estejam lá para ajudar, acidentes acontecem pelo que o melhor é
antecipar o perigo.
A subida é dura! O trilho está
bem delineado e facilmente o consegues ver. Por entre rochas vulcânicas e
pequenas pedras vais subindo – o mais importante é manter o ritmo calma e
respirar devagar – até aos último kilometro onde o terreno é ainda mais sinuoso
e parece que afundas os pés a cada passo que dás. Não adianta dizer para não olhares para cima mas isso
não vai ajudar nada.
Ao fim de cerca de 2 horas, o
topo do Mont Batur vai parecer-te um lugar pequeno, com muita gente e sem nada
para ver. Aquela sensação de “subi isto tudo para isto”!
É preciso manter a calma que o melhor está para vir. Se tudo for bem planeado,
a subida deve ser feita entre as 3h30 e as 5h30 de forma a teres algum tempo
para descansar no topo, preparar máquinas e comer qualquer coisa antes do
nascer do sol.
Cuidado com a temperatura – na ordem dos 8º a 10°C.
Mesmo depois de muitos avisos, não vais deixar de ser surpreendido com o frio
lá em cima. Agasalha-te. Agasalha-te a sério. Depois da subida, a tua roupa
estará certamente suada e com o vento a coisa não é fácil. Uma muda de roupa
ajuda-te.
Lá em cima vais conseguir aquecer
um pouco. Se não tiver incluído no teu tour, podes sempre adquirir um chá ou
café quente numa das tendas que existem no topo. Vão ajudar, acredita.
Antes do ponto mais esperado,
recupera forças com uma sandes de ovos – cozido com o vapor do próprio vulcão –
e banana. Este será o teu pequeno almoço. Mais uma vez, mesmo para quem acha
estas coisas pesadas a esta hora da manhã, o nosso conselho é simples: come,
não passes sem comer, há ainda 5km para descer, lembra-te disso.
Depois...bem, depois é um dos 10
melhores nascer do sol do mundo. Fazemos aqui uma pausa para voltar às imagens que mentalmente
temos daquele maravilhoso lugar. Vamos lá, falta descer.
Quando começas a descer, a
aventura ainda não terminou. Esquece aquela parte do “para baixo todos os
santos ajudam”. A descida não é mais fácil que a subida, embora a luz do sol e
o calor ajudem um pouco mais. Se a
subir, ias lentamente, a descer o risco é descer rápido de mais, pois o declive
e a areia juntamente com as pedras fazem com que o regresso seja um autêntico
desafio.
Ao descer, Mont Agung - o mais alto de Bali com 3.142m – que fica logo em frente,
parece ainda maior. Não percas também uma foto do lago e claro, olha para trás
de vez em quando, temos a certeza que vais pensar: “caramba, eu subi aquilo
tudo”. Sim, subiste. E de alma cheia regressas a “casa”. A viagem de regresso é
feita a dormir no banco de carro recordando-te os dias em que eras criança.
Curiosidade: A última erupção no
Batur foi em 2000.
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