sábado, 18 de março de 2017

Bajra Sandhi - A Luta do Povo Balinês




Situado na zona de Renon,  mesmo em frente ao escritório do governador de Bali, este é o monumento mais imponente de Denpasar.

Apesar de ter sido construído no ano de 1987, a sua inauguração ao público  é datada somente de 14 de Junho de 2003, tendo como principal objectivo imortalizar a alma e o espírito de luta do povo balinês.

O seu nome  - Bajra Sandhi – e forma, devem-se às palavras Bajra ou Genta , o sino usado pelos padres Hindus para a oração Weda (mantra).




Além disso, o monumento assenta  em  duas filosofias. A primeira, relacionada com o hinduísmo, visa a  representação de Yoni, o símbolo feminino de regeneração e do processo de criação. A segunda, conta a história do Monte Mandara Giri, no Ksirarnawa (Oceano Lácteo), o primeiro capítulo do antigo épico indiano Mahabharata. A história fala sobre os deuses e gigantes que se uniram para "torcer" o Monte Mandara na esperança de extrair a Água Sagrada da Eternidade (Tirta Amerta).

Em geral a área do monumento é rectangular com a sua aplicação da Tri Mandala, dividindo-se em 3 áreas:
-Utama Mandala – o edifício principal
- Madya Mandala  - o pátio que envolve Utama Mandala
- Nista Mandala - o pátio exterior em redor  do Madya Mandala




O edifício principal do monumento - Utama Mandala - é composto por 3 pisos:

Utamaning Utama Mandala – o  terceiro andar -  é um local com uma vista privilegiada sobre a cidade; suba a longa escadaria e aprecie a vista de 360 graus.

Madyaning Utama Mandala -  o segundo andar – visite-o para apreciar a luta do povo balinês. Conta com 33 unidades.  O diorama é semelhante ao Monumento Nacional em Jacarta mas aqui está apenas uma pequena  amostra  da luta do povo balinês,  desde o reino balinês, à entrada do hinduísmo, a era Majapahit, o colonialismo holandês, a luta de independência e a sua história mais recente até o presente.

Nistaning Utama Mandala - o andar térreo do edifício -  contém a sala de informações, biblioteca, sala de exposições, sala de conferências, salas administrativas e casas de banho.
O monumento tem ainda outros elementos emblemáticos que representam a independência da Indonésia , a  17 de Agosto de 1945. Ela é representada pelos 17 portões, os oito pilares principais e pelos simbólicos 45 metros de altura.



Com um amplo relvado em redor, o parque que circunda o monumento é um lugar bastante frequentado pelos balineses, sobretudo aos fins-de-semana. Aqui praticam-se exercícios físicos como caminhadas ou corridas e frequentemente se disputam jogos de futebol improvisados.  
O parque é também o palco do famoso Bali Art Festival, que acontece entre os meses de Junho e Julho.





quinta-feira, 9 de março de 2017

Vihara Satya Dharma



O templo Vihara Satya Dharma está localizado à entrada de Sanur, na zona norte da auto estrada que liga Sanur a Benoa.

Vihara Satya Dharma é um templo chinês moderno, parte dos 3 ensinamentos - "Tridharma"- , Budhismo, Taoísmo e Confucionismo. Além disso, como outros templos chineses e viharas em Bali, contem ainda um pequeno espaço dedicado ao hinduísmo balinês na zona exterior do edifício principal.



Construído com um fundo no valor total de Rp. 4 bilhões, o templo conta com um vasto leque de acessórios importados directamente da China. A sua construção durou 6 anos e o templo foi inaugurado a 22 de Agosto de 2012.




O fundo criado para a construção do templo foi angariado através de várias doações, especialmente de Bali mas também de outros devotos do mar como taiwaneses, tailandeses, chineses e japoneses.



Na grande porta de entrada pode ler-se Vihara Satya Dharma e logo por cima em caracteres chineses “Bao An Gong”, literalmente, "o templo para manter a segurança", um termo comum entre todos os templos chineses na Indonésia que pretendem a segurança dos seus seguidores, especialmente no significado espiritual.



No entanto, essa segurança não se resume a uma questão espiritual. Recorde-se que o templo se localiza junto a um porto internacional e por isso muito frequentado por marinheiros e outros viajantes que aqui encontram um local para as suas preces.




É também por essa razão que as figuras principais deste templo são Nezha e MaTsu. Na mitologia popular chinesa, Nezha é uma divindade frequentemente associada a conquistas relacionadas com o mar.   
Mazu, ou  Matsu é a deusa do oceano na mitologia chinesa. Há muitas lendas envolvendo-a mas a mais famosa dita que Mazu usava um vestido vermelho que serviria para guiar os barcos dos pescadores para a costa, mesmo durante as tempestades, atestando assim a sua segurança.



Não sendo um dos locais mais turísticos a ter em conta em Bali, vale a visita sobretudo se estiver de passagem por esta que é uma das melhores e mais usadas estradas da ilha.


Até já e boa viagem.